Servidores públicos de diversas áreas participaram de uma capacitação para melhor atender aos refugiados que chegam ao estado de São Paulo. A ação envolve funcionários estaduais e municipais de setores como saúde, educação e assistência social.
O ciclo de capacitação traz desde informações técnicas até a apresentação da oferta de serviços, os diferentes aspectos da recepção e assistência aos refugiados e migrantes.
“O interessante desse evento é que ele surge a partir de uma demanda dos próprios refugiados, que gostariam de ser mais bem atendidos pelos mecanismos públicos de assistência social do estado”, disse Luiz Fernando Godinho, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
Segundo ele, o Brasil tem atualmente 8,4 mil refugiados reconhecidos e 12 mil solicitantes. Estima-se que metade dessa população vive no estado de São Paulo. O estado e o município têm como responsabilidade garantir o acesso a políticas públicas, como escola, assistência social, saúde, habitação e geração de renda.
“Muitas vezes, o funcionário que está dentro do balcão não tem muita noção do que é o refugiado, desde os conceitos básicos, dos direitos que ele tem como solicitante de refúgio. A lei brasileira garante, por exemplo, o acesso à saúde, à educação mesmo àqueles que ainda não tiveram seus pedidos reconhecidos”, disse Godinho.
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